Sonhos Possíveis
- cultivandomundos
- 24 de ago. de 2021
- 2 min de leitura

No mês do centenário de seu nascimento, rendemos homenagens a ele, Paulo Reglus Neves Freire, o Patrono da Educação Brasileira (LEI Nº 12.612, DE 13 DE ABRIL DE 2012.), o nosso mestre Paulo Freire.
“Eu sou um intelectual, que não tem medo de ser amoroso. Eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque eu amo as pessoas e amo o mundo que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade” (Paulo Freire em entrevista)
Viveu e sobreviveu a duas Ditaduras no Brasil e deixou um legado incomensurável sobre as coisas da vida. Auto denominava-se um “menino conectivo”, que significa uma pessoa que quer se conectar com as pessoas. A sua própria pedagogia é uma amplificação deste menino interior que ele sempre sentiu em sua existência. Um menino que enxergava magia e beleza em cada detalhe da vida.
Na direção de lutar pela justiça social, criou, implantou e vivenciou a pedagogia do oprimido, trazendo a sua nova metodologia de alfabetização para os excluídos do processo educativo formal. A realidade brasileira da primeira turma de educação de jovens e adultos, EJA, em Angicos (apesar de não termos ainda hoje um panorama ideal) na época de Freire era de mais da metade da população total analfabeta e excluída consequentemente a este fato do processo eleitoral: analfabeto não votava.
Ou seja, oferecer o letramento aos indivíduos, os tornavam cidadãos críticos que passavam a ter voz.
Assim, foi preso e obrigado a viver no exílio, o que não o impediu de continuar o seu trabalho e de colocar em prática o seu compromisso com o outro. E é exatamente neste outro, que ele origina o desenvolver do ensino da língua.
“A utilização bem sucedida do universo cultural dos alunos exige respeito e legitimação do discurso deles, ou seja, de seus próprios códigos linguísticos, que são diferentes mas nunca inferiores.” (Paulo Freire - Alfabetização Leitura do Mundo Leitura da Palavra)
Partir da realidade do educando traz a potencialidade dele se reconhecer no contexto intelectual, estar presente, ser ator/atriz do seu próprio futuro, desencadeando naturalmente o seu interesse pelo processo. O que nos traz inevitavelmente a obrigatoriedade de escutar o outro. E isso, só podemos sinceramente fazer através deste amor pelas gentes e pelo mundo que Freire falava.
Aqui, no projeto Cultivando Mundos, somos Paulo Freire!
Acreditamos em uma educação libertadora!
Assumimos um compromisso pela pedagogia da tolerância!
E lutamos pelo ensino como prática da liberdade!
Viva Paulo Freire!
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